quinta-feira, 31 de maio de 2012

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas a gente se sente sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver. Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza
- É, tá frio. 
- Lá fora?
- Lá fora, aqui dentro, tanto faz.
Eu queria dizer para você nunca ir embora, porque hoje eu estou feliz com você. Apenas com você. Viu o tanto que eu sorri? Viu o jeito como eu posei a minha cabeça nas suas pernas? Era amor. Eu quis dizer que eu nunca quero perder você, porque na realidade eu não quero. Mas sabe, amanhã ele vai aparecer, à mesma hora de sempre, num lugar diferente e com uma vontade intensa de me ter. E eu vou. Eu vou fazer de tudo para ir; pular da janela, fugir, inventar uma desculpa qualquer. Ele me quer por umas horas apenas, mas eu vou. E sabe porquê? Porque eu o amo mais do que me amo. Mais do que amo você. Eu também amo você, só que eu não quero você. Você é rotina, ele é saudade. Eu também sou feliz com você – e hoje, como disse, estou muito feliz, mas ele, sabe… ele é qualquer coisa que faz com que eu não pense. Ele quebra as minhas pernas, os meus braços, a minha mente e o pior: o meu coração. E você, eu sei, continua aí, me esperando, me querendo para o resto da vida. E eu continuo aqui, querendo você, de vez enquanto, quando ele não me quer.
Tudo que tenho é meu coração. Costurado, remendado, cheio de arranhões. Mas ainda bate, eu garanto. Se quiser dou-lhe ele apenas com uma condição. Não o abandones em qualquer situação.
Talvez eu devesse esquecer essa utopia de ser escritor profissional, e organizar uma vida de verdade, dessas que a gente chama de Vida, em maiúsculo, e grita coisas como “não se mete na minha vida!” e “da minha vida cuido eu!” – eu adoraria alguém cuidando da minha vida, se metendo, ou dizendo o que devo fazer dela, porque eu confesso que não sei.
Você pode conhecer vinte caras bonitos e que te entendem muito bem, dez caras legais que cuidam de você como se fosse um diamante precioso, uns outros tantos inteligentes, atraentes, bacanas e engraçados em ordem aleatória. Nenhum deles te encanta. Por que? Falta o tão chamado click, aquele jeito especial que ninguém explica. Pode ser o jeito de mexer no cabelo, a forma como ele te olha, que conversa contigo ou até mesmo um jeito secreto que nem o profeta mais sábio percebe, mas que está lá, você pode ver. Entre tantos milhares, talvez um ou outro se salve ao filtro do ‘jeito’, e daí você percebe: é esse que eu quero abraçar e não largar mais, com quem eu quero me enrolar embaixo de cobertores e com quem eu quero dividir todos meus segredos. Baseado no que? Num jeito inexplicável ao resto do mundo.
Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.

terça-feira, 29 de maio de 2012


Ás vezes eu só quero descansar
Desacreditar no espelho
Ver o sol se pôr vermelho
Marcelo Camelo (Vermelho)

segunda-feira, 28 de maio de 2012





"Talvez seja você mesmo, a minha metade, a parte que eu procurei nos amores não correspondidos, nos trechos dos livros, nas letras e cifras das músicas. Talvez seja mesmo você, o mocinho dos filmes de romance, que faz de tudo pra ter a sua amada. Talvez seja você, aquele que vai me esperar, que vai me ligar, que vai me dar atenção. Talvez seja você, aquele que quando eu estiver indo embora, me puxe de volta, me impeça de ir. Talvez seja você que vai rir, das minhas piadas mais sem graças. Que vai aturar meus gritos, enquanto assistimos a um filme de terror, no sofá da sala. Talvez seja você, que vai aturar minhas crises, existenciais, de ciúmes, de TPM. Talvez seja você, que vai me pedir desculpas, logo após de uma briga mesmo sabendo, que não está errado. Talvez seja você, que vai me entender, mesmo quando nem eu mesma estiver, me entendendo. Talvez seja você, quem vai me esquentar nas noites frias, e tediosas. Talvez seja você, que vai me surpreender, quando mais precisar ser suprendida. Talvez seja você, que vai me aceitar, do meu jeito, assim, ora doce e calma, ora calma e azeda. Talvez seja você que saberá de todos os meus gostos, e manias. Talvez seja você, aquele, que vai me chamar de linda, mesmo com a cara amassada, de tanto dormir. Talvez seja você, que vai de verdade, me amar, e se importar comigo. Talvez seja você, aquele, que me apoiará em tudo. Talvez seja você que me passará segurança. Talvez seja você, que irá me provar que amor de verdade existe. Talvez seja você, o único idiota, que vai querer ficar comigo, enquanto os outros quiseram ir. Talvez seja você, o amor da minha vida. Talvez seja você, por quem esperei, e me machuquei tanto." - Talvez seja você, Laysla 
Já eram 00:13, tinha a certeza de que não ia me ligar. Peguei a garrafa de tequila.Não quis gelo, só tequila. Devia ter aproveitado que estava bêbada e ter ligado pra ele, perguntar quem deu o direito de ele me deixar de lado, dizer umas boas verdades. O problema é esse, as verdades. Acabaria dizendo que eu o te amo e que todo esse porre é por ele ou pela ausência dele, sei lá. Eu não preciso saber de nada, afinal, sou só uma bêbada esperando uma ligação de um cara filho da mãe que talvez nem lembre de mim.
-Idiota. Estupido. Canalha. Eu te odeio, odeio, odeio, odeio com todas minhas forças. Eu não vou cair mais nas sua cantadas baratas e nem acreditar nas suas desculpas esfarrapadas.
Uma semana depois ele me liga, com aquela voz de cachorrinho sem dono inventado todas as desculpas do mundo e me chamando pra sair. Que safado. É claro eu não vou cair nessa nunca mais.
20:31
-A gente marcou as 20:30. Ele não vem. Eu sou uma idiota, ele não vem.
Instantes depois ele chega com flores e chocolates. Eu recebo. Ele me olha nos olhos e com um daqueles beijos de tirar o folego ele volta a ser meu, pelo menos até o próximo porre.

quinta-feira, 24 de maio de 2012


Eu amava você dormindo, de barriga pra baixo, os cachos espalhados no meu nariz, o suor na nuca secando ao longo da noite, sua barriga enchendo de ar de forma errada porque você respira mal. Eu amava você chamando seu bruxismo de vampirismo e depois dizendo que eu te deixava nervoso. Eu amava o medo que você tinha de eu te amar em tão pouco tempo e do sentimento ser grande o suficiente para eu perceber, colorir e decorar suas minuciosidades desimportantes.Amava sem você fazer nada, só respirando pesado, só lutando com seu peito angustiado, só perdido, só tentando ficar mesmo não sabendo como.
Ontem eu chorei. Voltei pra casa, fui pra o meu quarto, sentei na beira da cama, chutei os sapatos, desabotoei o sutiã e caí no choro. Quero que vocês saibam que eu chorei até meu nariz escorrer molhando a blusa de seda que eu comprei na liquidação. Chorei até minha cabeça doer tanto, que eu mal via a pilha de lenços de papel no chão aos meus pés. Quero que vocês saibam que ontem eu chorei pra valer. Ontem eu chorei por todos os dias em que estive ocupada demais, ou cansada demais, ou com raiva demais pra chorar. Chorei por todas as coisas que me foram roubadas; por todas as coisas que eu pedi e que não consegui receber;  por todas as coisas que, depois de conquistar, eu dei a outras pessoas em circunstâncias que me deixaram vazias, gasta e exaurida. Chorei porque realmente chega um momento em que a única coisa que nos resta é chorar. Ontem, eu chorei. Chorei porque meninos pequenos são abandonados pelos pais; e as meninas são esquecidas pelas mães; os pais não sabem o que fazer e por isso vão embora; as mães são abandonadas e ficam com raiva. Chorei porque tive um menininho, e porque eu ainda era uma menina pequena, e porque eu era uma mãe que não sabia o que fazer, e porque eu queria tanto que meu pai estivesse comigo, que chegava a doer. Ontem, eu chorei. Chorei porque feri alguém. Chorei porque fui ferida. Chorei porque a ferida não tem pra onde ir senão até o mais fundo da dor que a causou, e quando chega lá a dor acorda você. Chorei porque era tarde demais. Chorei porque tinha chegado a hora. Chorei porque minha alma sabia que eu não sabia que minha alma sabia tudo o que eu precisava saber. Chorei um choro espiritual ontem, e esse choro me fez muito bem. E me fez muito, muito mal. Em meio ao meu choro senti minha liberdade vindo, porque ontem, eu chorei sobre casa momento da minha vida.
Eu era a figurante sem fala e desconhecida do filme dele, em que no máximo levava alguma coisa pra ele, e sorria de longe sem que ele notasse. E ele era o ator principal. E sempre acabava o filme com a mocinha loira sexy e mais bonita de todas. Mas eu de alguma forma, gostava de simplesmente participar da vida dele, mesmo sem ele saber meu nome. Ou saber que eu o achava bonito. Mas todas sempre o acharam bonito não é?E eu já fechei os olhos com força, pedindo pra ter alguma fala na história. Pra ficar em perigo e quem sabe, até ser salva por ele . Consegui o número de telefone dele com a amiga de uma amiga da amiga dele, foi muito difícil. Eu ligava todos os dias as 11:45 nem um minuto a mais e nem um a menos. 11:45. Nunca consegui dizer nada nessas ligações e ouvir a voz mais doce do mundo me pedindo pra dizer algo, dilacerava meu coração. Muitas vezes a vontade de dizer quem eu era e o que eu sentia me fazia desligar o telefone e respirar fundo como se eu tivesse a ponto de um taquicardia. Com o tempo eu parei de ligar e já nem participava mais das gravações dos super filmes de sucesso que ele estrelava, descobri que ele começara a namorar a loira sexy e mais bonita de todas, então a vida dele começou a não caber mais dentro de mim. 25 de novembro, eu lembro exatamente a roupa que eu vestia: Shorts jeans, camiseta branca e chinelos de dedo. Eu estava lendo a sinopse de um livro infanto-juvenil que me chamará a atenção.–Bela escolha. Meu Deus, era a mesma voz doce que me pedia pra falar algo no telefone quando eu ligava de um número restrito e me fazia de muda. Meu coração parecia que ia pular a qualquer momento peito a fora, quando eu olhei pra cima, os olhos que nunca me notaram estavam me olhando, com o sorriso mais lindo pregado no rosto, devo lembrar. -Ah, é. Eu não, não. Não sei se vou levar. Minhas pernas tremiam, parecia que eu tinha tomado um litro todo de tequila em um único gole. Aquele cheiro americano (eu nunca tinha cheirado nenhum americano, mas sabia que aquele cheiro era americano) se misturando com aquele cheiro de livros estavam me embriagando, eu nem conseguia entender o que ele me dizia. -Está tudo bem? Meu Deus ele vai achar que sou louca, pensei. Eu queria falar alguma coisa inteligente pra impressionar ele, mas não conseguia pensar em nada.-Ovos com bacon. Falei enfim. Agora ele ia ter a certeza de que eu era louca.-É, você ainda gosta de ovos com bacon?Ele riu e disse: -Claro, eu adoro ovos com bacon e uma… –Xícara bem grande de café. –Completei, agora tinha uma louca que não falava nada com nada completando as frases que ele dizia. Ele pareceu não se importar, não tirava aquela estampa brilhante de sorriso do rosto. -Então vai levar o livro?Eu não fazia ideia de que livro ele tava falando, então lembrei que o motivo de ele falar comigo foi aquele bendito livro. (Como eu te amo livro)-Claro. É. Hum rum, vou levar. Parece legal, né?Ele me contou todo o enredo do livro e claro eu não prestei atenção em nenhuma palavra que ele dizia, estava eufórica de mais pra prestar atenção em alguma coisa. Ele me convidou pra tomar um café, não pensei duas vezes. Conversamos horas, parecia que éramos amigos de longa data. Contei a ele da época que eu era figurante sem fala dos filmes que ele era o ator principal, não mencionei o meu desejo de ser salva por ele. Ele me contou coisas que eu nunca tinha visto nas revistas de fofoca. Ele pegou meu número e me ligava todos os dias as 11:45, nem um minuto a mais ou a menos. Nunca contei pra ele que eu costumava ser a muda das 11:45 que ligava pra ele,mas de alguma forma ele parecia saber. Três anos se passaram e o ator que não me notava, passou a ser o ator principal da minha vida, sem precisar encenar, eu não era mais a figurante sem falas, eu havia me tornado a mulher da vida dele e ele o homem da minha vida aquele dia, 25 de novembro às 11:45 pra ser mais exata.
(Sara E Mayara) 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Tarde demais, Vinícius. Ele já foi embora, e me deixou aqui. Ele já foi, e disse que sentia dores de outros amores. Mas e o meu amor, o que eu faço com ele? Você escreveu um livro para se viver um grande amor, mas não para quem perdeu um. Espero ansiosamente pela melhora do meu coração, fique sabendo. Mas até lá, espero que você esteja comendo aquele franguinho com farofa que você tanto fala juntinho da sua amada; sabe-se lá aonde…

segunda-feira, 14 de maio de 2012


Não escrevo mais de amor.
Posso falar da vida da vizinha ou que minha casa enche de formigas á noite. Ou que comi 3 pães no café e que isso é segredo só meu. Posso escrever que chego tarde do trabalho porque adoro passar pelas casas mais ricas da cidade só pra ver os cachorros de estimação passeando do lado de fora.
Ou que o café que você fazia tem cheiro de amor.
Mas que droga, não posso falar de amor.
E se eu falasse sobre esportes? Não, péssima ideia, a ultima vez que eu assisti o canal esportivo foi pra zoar você pela surra que seu time levou e isso só seria uma boa historia pra contar pros nossos netos. Teríamos varias historias pra contar a eles, isso se não envolvesse tanto esse tal de amor.
Eu me proíbo de falar de amor nas próximas duas mil linhas que eu for escrever.
Waffles . Eu sinto saudades de quando acordava com aquele cheiro adorável que vinha da cozinha. Espera ai, se não vou falar de amor, não devo falar sobre saudade, afinal, eles estão fielmente ligados um ao outro.
Vou escrever coisas engraçadas, piadas. Ou algum filme de terror que eu assisti segurando sua mão. Meu Deus, como é difícil. E Eu nunca fui boa nisso mesmo, desisto.
Nunca fui boa em não falar de amor e muito menos em falar da vida da vizinha. Mas eu de fato comi 3 pães no café da manhã. 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Parando pra pensar eu não me importo em ser absurdamente idiota. Não to nem ai se as pessoas me acham insana por amar com tanta intensidade. A quem diga que sou louca, mas como disse não me importo que se importem com meu amor por expressos ou por papeis idiotas, não dou a minima se acham exagero que eu morra da saudade todos os dias, se não se agradam com as músicas que ouço. Outro dia a menina da mesa ao lado perguntou porque eu estava chorando e riu ao me ouvir dizer que estava terrivelmente  abalada com um filme que tinha assistido na noite anterior, muito insensível   da  parte dela. Eu sei que as vezes eu sinto as coisas de modo exagerado, mas isso não é ruim. As pessoas andam com tanta pressa que não reparam no casal lindo sentado no banco da praça, nem mesmo se deram conta do quanto a lua esses últimos dias esta linda. As pessoas só reparam que mudou de estação quando o clima esquenta ou esfria, não distinguem que na primavera o ar fica com um cheiro mais doce e no outono o céu ganha cores mais vivas. Eu não quero deixar essas coisas lindas da vida passarem despercebidas só pra parecer mais normal ou menos louca. Pra mim não basta amar, tem que amar ao extremo, eu preciso ser exageradamente feliz todos os dias. Eu sou assim, sinto com exagero, penso com exagero, sou toda exagerada, mas sou tão feliz que chego ser pequena pra tamanha felicidade.
Lenine no volume máximo! Decide enquanto organizava, ou ao menos tentava organizar, todas aquelas folhas de rascunhos de textos inacabados que estavam espalhadas por todo lado. Alguns textos tão idiotas, outros tão tristes que cheguei a sentir pena, depois de ler todos pensei no quanto cada um já fizera sentido e hoje não passam de simples rascunhos que vou guardar em caixas e talvez sejam jogados fora pra dar lugar aos outros. Me sinto mal por pensar assim, sei que são apenas papeis, mas foram eles que "me ouviram" quando eu estava idiota de tanta alegria ou morrendo de tanta tristeza e agora eles simplesmente não serviam pra mais nada. Eu sei que não precisa de tanto drama por simples papeis idiotas, mas são meu amigos papeis idiotas. Eu sei que isso aqui ta sem pé nem cabeça, mas é preciso deixar em evidencia o quanto meus papeis idiotas foram ou são parte de mim.

segunda-feira, 7 de maio de 2012







As vezes parece que minha estrutura emocional não é suficiente pra que eu exista.


A beleza agrada aos olhos, mas é a doçura das ações que encanta a alma.
 É isso aí!
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
É isso aí!
Os passos vão pelas ruas
Ninguém reparou na lua
A vida sempre continua
Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não sei parar
De te olhar
É isso aí!
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade
É isso aí!
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores
Eu não sei parar de te olhar
Não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar
É isso aí!
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade
É isso aí!
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores
Eu não sei parar de te olhar
Eu Não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar
(É isso ai - Ana Carolina e Seu Jorge