domingo, 20 de fevereiro de 2011

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Sentar ao lado não significa precisamente encontrar-se ao lado! Poderia eu sentar ao teu lado? Apenas para contemplar do teu contente assento por existir? Poderia sentar-me e te ver disposta a alcançar? Poderíamos nos assentar e viver pra ver o furor de nos ser?
Ou poderíamos nos levantar e correr?
                                                    

                                               
                                                      

                                                     (Inspirado naquilo que se diz ser de aguém que se diz existir)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Esperar

Chega a ser engraçado a ansiedade que predomina dentro deste ser que relata; é engraçado contar os dias, as horas dos dias, acompanhar o ponteiro do relógio que aponta os minutos no qual parece não sair do lugar.
Contar dias, horas, minutos, segundos, noites, momentos, tudo pra guardar, pois quando te encontrar quero viver a graça do recordar, quero te contar das vezes que aconteceram coisas que me fizeram lembrar você, quero dizer o quão ruim foi sentir saudades tuas, quero te contar detalhes dos meus dias e em meio destes detalhes te dizer que á* conheci, quero ti ouvir falar, quero saber dos detalhes de teus dias, quero te abraçar, abraçar bem forte e te dizer que TE AMO, te pedir pra não mais se ausentar, e te mostrar o quanto minha amizade por ti é verdadeira, o quanto nosso vinculo é forte, e a imensidão da dor de não te ter.

“Se eu tentasse definir o quão especial tu és pra mim, palavras não teriam fim. Definir o amor não dá e então direi apenas OBRIGADO e eu sei que entenderás. Precioso é pra Deus e pra mim, que a fé de Deus nos faça eternos amigos.”
                                                                                    (Anjos de Resgate)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Reciprocidade

Durante dias busquei palavras que deixassem de maneira clara o motivo de abandonar o singular do EU para dar lugar ao plural de NÒS, que nos fizessem entender porque morremos mil vezes infinitas de rir por tantas bobagens, por tantas seriedades; porque sabemos tanto sobre NÓS mesmo não conhecendo o nosso individual; porque nos amamos tanto; porque mesmo estando com os pés no chão vamos tão além, no mais alto céu.  Foi então que resolvi não tentar limitar a nossa descrição com simples ou complexas palavras, pois sei que palavra alguma nos resumiria.
Talvez não sejamos NÒS para sempre, mais seremos por toda uma vida! E daqui a alguns anos estaremos sentadas em cadeiras de balanço, tomando chá com biscoitos e morrendo infinitamente mil vezes de rir de tudo o que fizemos de tudo o que deixamos de fazer, de tudo o que vivemos e de tudo que viveu em NÒS. Lembraremos de quando ficávamos na escada da casa onde tanto nos descobrimos, fazendo planos para um futuro que talvez tenhamos realizado-os ou não; lembraremos da tarde mais maravilhosa de nossas vidas; lembraremos de quando foi preciso consolar uma a outra; e as lembranças nos farão reviver tudo mais uma vez e uma vez mais estaremos ali juntas sendo apenas NÒS, independente para onde formos, independente do que fizermos a partir do minuto que está por vir, seremos NÒS por uma vida inteira, por uma inteira vida seremos NÓS!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sentir

 Acordar com saudade de você; porque o ar assim como o tempo traz momentos ocupados e que insistem em permanecer. Mesmo quando se está perto ou longe é preciso procurar, atentar, olhar e achar; deixar guardado na lembrança a vontade das mãos entrelaçadas, o toque no rosto, a mão na nuca e o toque das bocas, o vento que bagunça os cabelos com um toque de charme, um olhar de lado despercebido, sem vergonha. Assim como cheiros que se confundem no ar, minha vontade se perde no desejo de ver, de tocar, de falar, de estar perto, de entrelaçar-te em meus braços e nunca mais te soltar (mesmo que por instantes), desejo de descobrir, de sorrir junto a ti por bobagens, talvez falar de assuntos difíceis como nós dois mesmo sendo apenas eu e você, apreciar o silêncio que paira quando nossa boca cala e nossos corações gritam, e estarmos lá, parados, emudecidos. Apenas com o desejo de viver os verbos de nossos afetos, de entregar, demonstrar, expressar tudo o que sinto sem precisar de palavras, poder desbotar a cor do decidir, quando nada muda independente da decisão eu volto ao meu ponto de partida, você, onde eu sempre quis chegar. Sentir a diversidade de sentimentos que a saudade traz consigo; saudade que de tão imensa já não cabe mais em mim, e é necessário expressa-la nas entrelinhas de um texto vago. De um texto vago!


"So se tem saudades do que é bom! Se chorei de saudade não foi por fraqueza, foi porque eu amei!"
                                          (Nelson Correia)